Manejo de pragas na cultura da soja com a tecnologia Intacta RR2 PROTM



                        O manejo de pragas nas culturas com a tecnologia Intacta RR2 PRO TM deve seguir as mesmas premissas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), como monitoramento e controle no momento em que as pragas alcançam o nível de ação, dando prioridade aos inseticidas seletivos.






Tolerância a Percevejos


Uma cultivar será considerada tolerante aos percevejos em relação a uma suscetível quando, sob pressão de ataque de percevejos em níveis populacionais acima do nível de ação, apresentar maior proporção de grãos com menor percentual de danos na classificação. O produtor deverá monitorar a lavoura e seguir a mesma indicação técnica para o controle de percevejos e se, por alguma razão, esse controle não for eficiente, a cultivar tolerante terá seu rendimento e/ou qualidade menos prejudicado em relação às outras cultivares não tolerantes.



Nematoides


Em condições de altas populações de nematoides de galha (Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica), a reação de resistência das cultivares pode sofrer alteração. Assim, vale ressaltar a necessidade de rotação de culturas aliada ao uso de cultivares resistentes.



Ferrugem asiática da sojaPhakopsora pachyrhizi


A ferrugem asiática da soja (FAS) é uma das doenças mais importantes da cultura, podendo causar perdas de produtividade de até 90%. O vazio sanitário adotado nas principais regiões produtoras de soja no Brasil é uma das estratégias de controle mais eficientes e relevantes. O fungo precisa do hospedeiro para sobreviver e a manutenção das áreas livres de soja (cultivada, “tiguera” ou “guaxa”) na entressafra, reduz a multiplicação do fungo para a próxima safra, atrasando a incidência da doença, principalmente nas semeaduras nos primeiros meses (setembro a outubro). Aliado ao vazio sanitário, outras estratégias como semeadura antecipada, uso de cultivares precoces, o controle químico e o uso de cultivares resistentes, constituem os principais pilares do manejo integrado da FAS no Brasil. No contexto da resistência genética, há vários genes descritos que podem condicionar a resistência à FAS. Atualmente, no germoplasma de soja, as cultivares consideradas resistentes apresentam lesões marrom avermelhadas (RB: Reddish-Brown, termo em inglês), semelhante a lesão de hipersensibilidade, com nenhuma ou muito pouca esporulação do fungo,reduzindo o avanço da doença. Diferentemente, a cultivar suscetível apresenta lesão castanha (TAN).
As avaliações para identificação das plantas resistentes à FAS são realizadas em casa de vegetação e/ou no campo, podendo serem auxiliadas e aceleradas via marcadores moleculares. O uso de cultivares com essa característica permite uma melhor convivência com a doença no campo, além de auxiliar na sobrevida dos fungicidas, sendo uma ferramenta importante no manejo integrado da doença. Contudo, ressalta-se que o produtor deve continuar com o manejo químico, pois a exposição desses genes à condição de alta severidade da doença poderá promover a quebra da resistência genética em pouco tempo, semelhante ao que tem ocorrido com a perda de eficiência dos fungicidas.



OÍDIOMicrosphaera diffusa


A reação das cultivares a oídio tem mudado no decorrer dos anos em função da variação genética do fungo.



Podridão radicular de PhytophthoraPhytophthora sojae


A reação à Phytophthora sojae é apresentada nos quadros como reação ao patótipo de virulência 1d, 2, 4, 5, 7, pelo teste do palito de dente, que permite a avaliação da resistência completa ao patógeno. Nas cultivares consideradas suscetíveis, pelo teste do palito de dente, também é realizado o teste para detecção da resistência parcial ou de campo, com o mesmo patótipo de virulência, sendo essa reação apresentada no quadro marcada com um asterisco (*), com a seguinte classificação: Resistente; Moderadamente resistente; Moderadamente suscetível; Suscetível.



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